Nossa Visão - 26/11/2018

Retrospectiva

Em relação à economia internacional, na zona do euro, o PMI que indica a atividade no setor industrial caiu de 52 pontos em outubro, para 51,5 pontos em novembro, atingindo o menor patamar em 30 meses, já o PMI de serviços recuou de 53,7 pontos em outubro para 53,1 em novembro, o nível mais baixo em 25 meses.

Nos EUA, as encomendas de bens duráveis recuaram 4,4% em outubro, frente a setembro,  por conta de uma baixa considerável de encomendas de aviões militares e privados.

Para os mercados de ações internacionais, a semana passada foi de novas quedas. Enquanto o Dax, índice da bolsa alemã recuou 1,31%, o FTSE-100, da bolsa inglesa caiu 0,87%, o índice S&P 500, da bolsa norte-americana, 3,79% e o Nikkey 225, da bolsa japonesa 0,16%.

Em relação à economia brasileira, o IPC-S, depois de ter subido 0,28% na segunda quadrissemana de novembro, subiu 0,05% na terceira, conforme a FGV. Já de acordo com o IBGE, o IPCA-15 de novembro registrou alta de 0,19%, depois de ter avançado 0,58% em outubro.

Para a bolsa brasileira, foi uma semana de queda, com o Ibovespa recuando 2,58%. Assim, o ganho acumulado no ano foi de 12,86% e de 16,28% em doze meses. O dólar, por sua vez, subiu 1,48% levando a alta no ano para 15,12%. O IMA-B Total, por sua vez subiu 0,64% na semana, acumulando alta de 11,62% no ano.

Comentário Focus

No Relatório Focus de 16 de novembro, a média dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 3,94% em 2018, frente a 4,13% na semana anterior. Para 2019 a estimativa é de que suba 4,12%, frente a 4,20% na semana anterior.

Para a taxa Selic, o relatório informou que, para o fim de 2018 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa e em 7,75%% no final de 2019, frente a 8% na pesquisa anterior.

Já para o desempenho da economia previsto para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 1,39%, comparado a 1,36% na semana anterior. Para 2019 a estimativa é que o PIB cresça 2,50%, também como na semana anterior.

Para a taxa de câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana estará em R$ 3,70, como no último relatório e em R$ 3,78 no final de 2019, frente a R$ 376 na semana anterior.

Para o Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 70 bilhões em 2018, como na última pesquisa e de US$ 76 bilhões, comparado a US$ 75,35 bilhões na pesquisa anterior.

Perspectiva

Nesta semana, na zona do euro, teremos a divulgação da inflação do consumidor em novembro e da taxa de desemprego em outubro.

Nos EUA teremos a divulgação de nova estimativa do PIB do terceiro trimestre de 2018 e dos gastos pessoais em novembro.

No Brasil, teremos a divulgação dos dados parciais de inflação, do PIB do terceiro trimestre de 2018 e da taxa de desemprego em setembro.

Nos EUA e no Brasil, a divulgação mais importante é a do PIB do terceiro trimestre, sendo que aqui, o novo governo deve completar o anúncio da sua equipe de ministros.

Em relação às aplicações dos RPPS, aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a ser acompanhado com a devida atenção.

Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos ainda uma exposição de 30% e para os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.

Permanece a recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).

Quanto à renda variável, continuamos a recomendar a exposição máxima de 30%, também por conta da melhora da atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais suprem a meta atuarial.

Dessa forma, mantivemos em 10% a sugestão de alocação em fundos multimercado e reduzimos de 5% para 2,5% a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de produtos no mercado. Em compensação e tendo-se em vista o potencial de valorização do segmento com a eleição de candidato pró-mercado elevamos a recomendação do investimento em ações de 10% para 15%.

Para aqueles clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP, recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.

Por fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.

** Aos clientes que investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.

Indicadores Diários - 23/11/18

Índices de Referência - Outubro/2018