NOSSA VISÃO - 15/04/2019
Retrospectiva
Em relação à
economia internacional, na zona do euro, foi divulgada a produção industrial da
região em fevereiro, que recuou 0,2% em relação a janeiro e 0,3% em comparação
com o ano anterior. A queda foi menor que a esperada.
Quanto à
reunião do Banco Central Europeu, já era esperada a decisão de manter a taxa de
refinanciamento em 0% e a de depósitos em -0,4%, além da reafirmação de que o
juro irá se manter inalterado, pelo menos até o final deste ano.
Nos EUA, as encomendas
à indústria caíram 0,5% em fevereiro, frente a janeiro, conforme era previsto e
a inflação do consumidor teve a maior alta em 14 meses, ao subir 0,4% em março,
frente a fevereiro e 1,9% em doze meses.
Na semana que
passou, foi divulgada a ata da última reunião do FED, realizada em meados de
março, em que reafirma que a instituição está paciente ainda em relação à política
monetária e não há alta do juro prevista para este ano.
Para os mercados
de ações internacionais, a semana que passou foi de altas e baixas. Enquanto o
Dax, índice da bolsa alemã caiu 0,08% e o FTSE-100, da bolsa inglesa 0,13%, o índice
S&P 500, da bolsa norte-americana subiu 0,51%, enquanto o Nikkey 225, da
bolsa japonesa 0,29%.
Em relação à
economia brasileira, o IPC-Fipe, depois de ter terminado o mês de março
crescendo 0,51%, desacelerou o ritmo de alta e caiu para 0,47% na primeira
leitura de abril. Já o IGP-M subiu 0,62% na primeira prévia de abril, após ter
aumentado 0,71% na primeira leitura de março.
Conforme o
IBGE, o IPCA avançou 0,75% em março, frente a fevereiro, quando subiu 0,43%.
Foi a maior taxa para um mês de março desde 2015. No ano a inflação acumulada
foi de 1,51% e de 4,58% em doze meses. O INPC, por sua vez, subiu 0,77% em
março, 1,68% no ano e 4,67% em doze meses.
Também conforme
o IBGE, a vendas do comércio varejista ficaram estáveis em fevereiro, frente a
janeiro. Na comparação anual, a alta foi de 3,9%.
Para a bolsa
brasileira, foi uma semana de forte queda, com a colaboração das ações da
Petrobrás. O Ibovespa recuou 4,36% na semana. No ano a variação positiva é de 5,68%
e em doze meses de 10,13%. O dólar, por sua vez, subiu 0,16% na semana e o
IMA-B Total caiu 0,42%.
Comentário Focus
No Relatório Focus de 12 de abril, a média
dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 4,06% em 2019, frente a 3,90% na semana
anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 4,00%, também como na semana
anterior.
Para a taxa Selic, o relatório informou que,
no fim de 2019 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa, e em 2020
em 7,50%, como na pesquisa anterior.
Já para o desempenho da economia previsto
para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 1,95%, frente a 1,97% na
semana anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,58%, frente a 2,70%
na semana anterior.
Para a taxa de
câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$
3,70 no final do ano, como no último relatório e em R$ 3,78 no final de 2020, frente
a R$ 3,75 na semana anterior.
Para o
Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 82
bilhões em 2019, como na última pesquisa e de US$ 83,36 bilhões em 2020, também
como na pesquisa anterior.
Perspectiva
Nesta semana,
na zona do euro, teremos a divulgação da inflação do consumidor em março.
Nos EUA, teremos
a divulgação da produção industrial e das vendas no varejo em março, bem como
do Livro Bege.
No Brasil, além
dos dados parciais de inflação, teremos a divulgação do IBC-Br de fevereiro.
No exterior, o
evento mais importante da semana será a divulgação do Livro Bege, instrumento
que permite ao FED acompanhar a evolução da atividade econômica, e no Brasil será
a divulgação do IBC-Br de fevereiro, além da atenção do mercado em relação ao
avanço da reforma da Previdência no legislativo.
Em relação às
aplicações dos RPPS, aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos
de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a
ser acompanhado com a devida atenção por conta das posições assumidas pelo
gestor.
Para os vértices médios
(IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos uma exposição de 30% e para os
vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no
IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.
Permanece a
recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das
políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é
oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao
risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).
Quanto à renda
variável, recomendamos uma exposição máxima de 30%, por conta da melhora da
atividade econômica neste ano, que já se reflete em um melhor comportamento dos
lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da
importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento
em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais superam a meta atuarial.
Para a
alocação em fundos multimercado a nossa sugestão é de 10% dos recursos e de 2,5%
a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de
produtos no mercado enquadrados para os RPPS. Para o investimento em ações, a
nossa recomendação é de 15% dos recursos, tendo-se em vista o potencial de
crescimento das empresas neste e nos próximos anos, como já dissemos, em uma
conjuntura de baixa inflação e taxas de juros nas mínimas históricas. Muito
embora ainda esteja no campo das expectativas, a implementação das reformas
estruturais demandadas pelo mercado em muito também poderão influenciar o
comportamento positivo das ações, no futuro.
Para aqueles
clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP,
recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.
Por fim, cabe
lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do
capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme
as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda
variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser
direcionadas efetivamente para o longo prazo.
* Aos clientes que
investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite
máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.
** Aos clientes que
investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual
superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na
proporção desse excesso.
Indicadores Diários -12/04/19
Índices de Referência -Março/2019