NOSSA VISÃO - 22/04/2019

Retrospectiva

Em relação à economia internacional, na zona do euro, foi divulgada a confirmação da inflação do consumidor em março, que subiu 1,4% na comparação anual, ainda distante dos 2%, meta do BCE.

Nos EUA, a produção industrial em março caiu 0,1% frente a fevereiro, quando se previa um avanço de 2%. Na comparação com o ano passado houve alta de 2,8%. Ainda em março, as vendas no varejo tiveram a maior alta em um ano e meio ao avançarem 1,6% sobre o mês anterior. Sobre o ano anterior a alta foi de 3,6%.

Na semana que passou, foi divulgado também o Livro Bege, que permite um acompanhamento da atividade econômica em todos os doze distritos do FED. Foi relatado que o mercado de trabalho permaneceu apertado nos EUA, uma vez que empresas tiveram dificuldades para encontrar trabalhadores capacitados e os salários cresceram de forma modesta.

Para os mercados de ações internacionais, a semana que passou foi mais de altas. Enquanto o Dax, índice da bolsa alemã subiu 1,85% e o FTSE-100, da bolsa inglesa 0,31%, o índice S&P 500, da bolsa norte-americana caiu 0,08%, enquanto o Nikkey 225, da bolsa japonesa subiu 1,00%.

Em relação à economia brasileira, o IPC-S subiu 0,79% na segunda quadrissemana de abril, depois de ter registrado avanço de 0,80% na primeira. O IPC-Fipe, por sua vez, subiu 0,42% na segunda prévia de abril, depois de ter desacelerado o ritmo de alta e caído para 0,47% na primeira leitura do mês. Já o IGP-M subiu 0,78% na segunda prévia de abril, após ter aumentado 1,06% na segunda leitura de março.

Conforme o Banco Central, o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, teve em fevereiro a maior contração em nove meses ao cair 0,73% frente a janeiro, depois de neste mês o indicador ter recuado 0,31%.

Para a bolsa brasileira, foi uma semana de alta. O Ibovespa subiu 1,83% nesse período. No ano a variação positiva é de 7,61% e em doze meses de 10,20%. O dólar, por sua vez, subiu 1,77% na semana e o IMA-B Total 0,28%.

Comentário Focus

No Relatório Focus de 18 de abril, a média dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 4,01% em 2019, frente a 4,06% na semana anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 4,00%, também como na semana anterior.

Para a taxa Selic, o relatório informou que, no fim de 2019 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa e em 2020 em 7,50%, como na pesquisa anterior.

Já para o desempenho da economia previsto para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 1,71%, frente a 1,95% na semana anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,50%, frente a 2,58% na semana anterior.

Para a taxa de câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$ 3,75 no final do ano, frente a R$ 3,70 no último relatório e em R$ 3,80 no final de 2020, frente a R$ 3,78 na semana anterior.

Para o Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 81,89 bilhões em 2019, frente a US$ 82 bilhões na última pesquisa e de US$ 83,38 bilhões em 2020, frente a US$ 84,36 bilhões na pesquisa anterior.


Perspectiva

Nesta semana, na zona do euro, teremos a divulgação da confiança do consumidor em abril.

Nos EUA, teremos a divulgação dos pedidos de bens duráveis em março e da primeira prévia do PIB do primeiro trimestre de 2019.

No Brasil, entre os dados parciais de inflação, teremos a divulgação do IPCA-15 de abril.

No exterior, o evento mais importante da semana será a divulgação do PIB americano do primeiro trimestre deste ano e no Brasil será a divulgação do IPCA-15, além da atenção do mercado em relação ao avanço da reforma da Previdência no legislativo.  

Em relação às aplicações dos RPPS, aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a ser acompanhado com a devida atenção por conta das posições assumidas pelo gestor.

Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos uma exposição de 30% e para os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.

Permanece a recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).

Quanto à renda variável, recomendamos uma exposição máxima de 30%, por conta da melhora da atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais superam a meta atuarial.

Para a alocação em fundos multimercado a nossa sugestão é de 10% dos recursos e de 2,5% a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de produtos no mercado enquadrados para os RPPS. Para o investimento em ações, a nossa recomendação é de 15% dos recursos, tendo-se em vista o potencial de crescimento das empresas neste e nos próximos anos, como já dissemos, em uma conjuntura de baixa inflação e taxas de juros nas mínimas históricas. Muito embora ainda esteja no campo das expectativas, a implementação das reformas estruturais demandadas pelo mercado em muito também poderão influenciar o comportamento positivo das ações, no futuro.

Para aqueles clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP, recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.

Por fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.


* Aos clientes que investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.

** Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na proporção desse excesso. 


Indicadores Diários -18/04/19



Índices de Referência -Março/2019