NOSSA VISÃO - 29/04/2019
Retrospectiva
E a Comissão
de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, aprovou o parecer que
considera constitucional a proposta de reforma da Previdência enviada pelo
governo. No dia seguinte, a Câmara instalou a comissão especial que analisará o
mérito da matéria. Enquanto isso, o governo divulgou nova previsão do impacto
da reforma, desta feita de R$ 1,2 trilhão.
Em relação à
economia internacional, na zona do euro, foi divulgado que a confiança do
consumidor no andamento da atividade econômica recuou 7,9 pontos em abril, mas
o resultado veio em linha com as expectativas.
Nos EUA, a encomenda
de bens duráveis subiram 2,7% em março, perante fevereiro, resultado que veio
acima das expectativas dos analistas, que esperavam um crescimento de 0,8%.
Conforme o
Departamento de Comércio, a primeira estimativa de crescimento do PIB
norte-americano no primeiro trimestre de 2019 revelou um avanço anualizado de
3,2% em relação ao último trimestre de 2018. O resultado ficou bem acima dos
2,2% de crescimento apurado no trimestre anterior e bem acima da estimativa do
mercado que era de uma alta de 2,5%.
Para os mercados
de ações internacionais, a semana que passou foi mais de altas novamente. Enquanto
o Dax, índice da bolsa alemã subiu 0,76%, o FTSE-100, da bolsa inglesa caiu 0,42%.
O índice S&P 500, da bolsa norte-americana, por sua vez, subiu 1,20%,
enquanto o Nikkey 225, da bolsa japonesa subiu 0,76%.
Em relação à
economia brasileira, o IPC-S subiu 069% na terceira quadrissemana de abril,
depois de ter registrado avanço de 0,79% na segunda. O IPC-Fipe, por sua vez, subiu
0,36% na terceira prévia de abril, depois de ter subido 0,42% na segunda
leitura do mês. Já o IGP-M subiu 0,92% em abril, após ter aumentado 1,26% em março.
Conforme o IBGE,
o IPCA-15 de abril subiu 0,72%, após ter subido 0,54% em março. Os transportes
e a alimentação foram os que mais pressionaram o índice.
Para a bolsa
brasileira, foi também uma semana de alta. O Ibovespa subiu 1,75% nesse período.
No ano a variação positiva é de 9,50% e em doze meses de 11,33%. O dólar, por
sua vez, caiu 0,04% na semana e o IMA-B Total subiu 1,01%.
Comentário Focus
No Relatório Focus de 26 de abril, a média
dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 4,01% em 2019, como na semana
anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 4,00%, também como na semana
anterior.
Para a taxa Selic, o relatório informou que,
no fim de 2019 a taxa Selic estará em 6,50%, como na última pesquisa e em 2020
em 7,50%, como na pesquisa anterior.
Já para o desempenho da economia previsto
para este ano, o mercado estimou a evolução do PIB em 1,70%, frente a 1,71% na
semana anterior. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,50%, como na
semana anterior.
Para a taxa de
câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$
3,75 no final do ano, como no último relatório e em R$ 3,79 no final de 2020, frente
a R$ 3,80 na semana anterior.
Para o
Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 82
bilhões em 2019, frente a US$ 81,89 bilhões na última pesquisa e de US$ 84,68
bilhões em 2020, frente a US$ 83,38 bilhões na pesquisa anterior.
Perspectiva
Nesta semana,
na zona do euro, teremos a divulgação da primeira estimativa do PIB do primeiro
trimestre deste ano, da taxa de desemprego em março e da inflação do consumidor
em abril.
Nos EUA, teremos
a divulgação dos gastos pessoais e da taxa de desemprego em abril, bem como de
nova reunião do FED.
No Brasil, serão
divulgados os dados parciais de inflação, a taxa de desemprego e a produção
industrial em março.
No exterior, o
evento mais importante da semana será a reunião do FED onde as taxas de juros
deverão ser mantidas e no Brasil será a divulgação da taxa de desemprego em
março, em uma semana com feriado no meio.
Em relação às
aplicações dos RPPS, aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos
de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a
ser acompanhado com a devida atenção por conta das posições assumidas pelo
gestor.
Para os vértices médios
(IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total) recomendamos uma exposição de 30% e para os
vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no
IRFM-1 e pelos CDBs a alocação agora sugerida é de 15%.
Permanece a
recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das
políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é
oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao
risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).
Quanto à renda
variável, recomendamos uma exposição máxima de 30%, por conta da melhora da
atividade econômica neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos
lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da
importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento
em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais superam a meta atuarial.
Para a
alocação em fundos multimercado a nossa sugestão é de 10% dos recursos e de 2,5%
a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de
produtos no mercado enquadrados para os RPPS. Para o investimento em ações, a
nossa recomendação é de 15% dos recursos, tendo-se em vista o potencial de
crescimento das empresas neste e nos próximos anos, como já dissemos, em uma
conjuntura de baixa inflação e taxas de juros nas mínimas históricas. Muito
embora ainda esteja no campo das expectativas, a implementação das reformas
estruturais demandadas pelo mercado em muito também poderão influenciar o
comportamento positivo das ações, no futuro.
Para aqueles
clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP,
recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.
Por fim, cabe
lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do
capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme
as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda
variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser
direcionadas efetivamente para o longo prazo.
* Aos clientes que
investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite
máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.
** Aos clientes que
investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual
superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na
proporção desse excesso.
Indicadores Diários -26/04/19
Índices de Referência -Março/2019